27.8.07

Leitura

“Retrospectiva e Perspectivas do Design Instrucional e Educação a Distância: Análise da Literatura”.

5 comentários:

valeria disse...

Segundo Romiszowski, o argumento mais comum contra o uso dos modelos e procedimentos do designer instrucional diz respeito ao "tempo" demandado em seguir todos os passos, cientificamente requeridos. Alguns estudiosos tentaram simplificar o processo, sugerindo metodologias aplicadas em produção de softwares, que baseia-se na intuição e na experiência. Caso o resultado não seja bom, volta-se e tenta-se corrigir.
Outra prática utilizada é a criação de objetos de apredizagem "reutilizáveis" em diferentes contextos.
Nos anos 70 e 80, David Marril, com objetivo de simplificar e acelerar a tarefa do DI, trabalhou em modelos de instrução de formatos padronizados, ou "templates" para determinados tipos de lição. Uma vez determinado o tipo da lição, os detalhes poderiam ser fetios automaticamente pelo computador.
O tema continua na pauta de discussões. Vários estudiosos interessam-se pelo assunto e sugerem novas alternativas.

Dourado disse...

Outra dificuldade apontada por Romiszowski se refere à falta de consenso em relação aos termos relacionados à disciplina, onde os especialistas querem questionar e empregar, de formas distintas, as fases ditas por "design" e "development".

claudia disse...

O tempo é a objeção mais frequente para a conclusão dos procedimentos de DI. Seguir todos os passos do processo é essencial na organização. Porém, na prática tem se optado por um planejamento pedagógico baseado em experiências, simplificando e acelerando o trabalho do designer instrucional. Não concretizado o projeto, resta retornar ao processo inicial: planejar, organizar, estruturar, implementar e avaliar.
A continuidade do sucesso dos bons curso de EaD dependerá de uma equipe ideal que tenha êxito nas etapas do processo de DI.

Luciana Beco Madureira disse...

Eu entendi que o Design Instrucional surgiu da idéia de que a aprendizagem humana poderia ser efetivada através de atividades organizadas de determinada maneira. A primeira metodologia utilizada para desenhar essas tarefas foi o behaviorismo, que marcou profundamente a disciplina e a visão que as pessoas tem dela até hoje.
Mas ao longo do processo muitas outras filosofias pedagógicas foram agregando contribuições para o crescimento do DI, inclusive teorias humanistas, que são essencialmente contrárias ao behaviorismo.
As pessoas que criticam como “ranço” comportamentalista a utilização de atividades auto-instrucionais para promover a aprendizagem não levam em consideração a contextualização necessária para a escolha de determinada estrutura na apresentação da informação. Não existe um único formato padrão que sirva para todos os materiais didáticos, sendo necessário adaptar-se a cada necessidade.
Outra crítica feita é sobre a demora em se planejar em cima dos pressupostos do DI: análise, síntese e avaliação. Para isso estão sendo criadas estratégias para facilitar o trabalho de planejamento tais como o “rapid prototyping” e os objetos de aprendizagem re-utilizáveis, que talvez não sejam ideais por minimizarem o impacto da profundidade científica dos procedimentos, mas dão ao designer uma opção de trabalho mais rápido.
Para mim o DI organiza os passos para um bom planejamento pedagógico mas não o engessa, pois detalhando o porquê, o quê e o como vamos fazer ampliamos a possibilidade de escolha da melhor metodologia para repassar o conhecimento, da melhor filosofia e do melhor meio para se fazer isso.

Anna Nascimento disse...

Preconceito, tempo, e falta de consenso no uso dos termos são fatores que levam os educadores a olharem com desconfiança a prática do design instrucional.

Mas essas objeções vão diminuindo à medida que as equipes desenvolvedoras de cursos tomam conhecimento e experienciam o uso da metodologia, pois o tempo que se gasta no planejamento diminui o tempo que se gasta com o retrabalho para revisão do curso, após uma avaliação que aponta inadequação de abordagens pedagógicas.

Como bem apontou a Luciana, as objeções feitas ao behaviorismo, que foi a base do DI em suas origens, provocam aversões ao uso dessa sistemática. Ao contrário do que se pensa, o DI estimula os designers a refletirem o planejamento de um programa educacional como uma arquitetura de pedagogias. Nesse sentido, para cada habilidade e natureza de conteúdo são selecionadas as melhores abordagens.